DESAFIOS EVOLUTIVOS E TECNOLÓGICOS DE EMPRESAS FAMILIARES
A importância de alcançar todo o potencial de algumas tecnologias que permitem mais velocidade e eficiência no resultado, partindo especialmente de boas perguntas.
Artigo publicado originalmente pelo Insper:https://www.insper.edu.br/noticias/os-desafios-evolutivos-de-empresas-familiares-e-de-outros-negocios/

Imagine o carro esportivo dos seus sonhos disponível para você, e ao virar a chave na ignição, ecoa aquele ronco do motor que emana velocidade, eficiência e liberdade, você pensa o quão privilegiado é por ter a possibilidade de ir à padaria que fica a 500 metros com este poderoso e sugestivo automóvel. E ao mesmo tempo, se pergunta, que pena que não pode ir mais longe porque só sabe usar a primeira marcha, e por isso não consegue realmente descobrir todo o potencial desta supermáquina.
Muitas empresas familiares ainda estão “presas” a esta analogia, pois não conseguem “destravar” todo o potencial de algumas tecnologias, gerando assim resultados superficiais, e isso ocorre especialmente com as recentes e polêmicas ferramentas de Inteligência Artificial (IA) generativa como Openai ChatGPT, Microsoft Bing entre outras.
E o interessante desta inovadora tecnologia é que de alguma forma faz referencia ao milenar método socrático, no qual através de perguntas e respostas entre o professor e aluno são gerados questionamentos e reflexões. Esse modelo, que foi desenvolvido por Sócrates a mais de 2.400 anos na Grécia Antiga, é base da interação homem e máquina, sendo que neste caso se destaca a alternância de papéis, pois ora o homem ensina a máquina e depois é ela que vira professor.
Para que os resultados sejam alcançados de forma objetiva e efetiva, este modelo exige que sejam feitas boas perguntas em qualquer situação. Recentemente essa necessidade passou a ser ainda mais evidente, já que temos mais abundancia que escassez no acesso ao conhecimento, ou seja, existe mais ruído dificultando identificar o que realmente importa. Já na interação com a IA generativa, essa demanda ainda é mais critica, devido à capacidade surreal dessas tecnologias de consolidar informações armazenadas de várias fontes.
E a sugestão de fazer boas perguntas não se refere somente ao seu conteúdo, mas também pequenas variações podem fazer uma grande diferença no seu entendimento e especialmente com a IA generativa. Por exemplo, como tono (formal, casual, informativo…), formato (texto, lista de tópicos, dialogo…), objetivo (informar, persuadir, divertir…) e limitações (quantidade de palavras ou caracteres) entre vários outros detalhes. Além disso, a conversa é feita com múltiplas interações, assim todas essas variações são consideradas e ajudam a elaborar melhores respostas.
Um bom exemplo dessa importância de gerar boas interações com IA generativa pode ser observada no fato recente da valorização nos EUA da profissão do engenheiro que ensina IA (“AI prompt Engineer”) com salários anuais médios de mais de R$ 1,5mm (US$ 0,32mm).
Assim usando outra analogia com a história do gênio na lâmpada, é importante fazer pedidos inteligentes para não ser mal interpretados na sua execução, gerando resultados não esperados e, às vezes, até mesmo desastrosos.
Em conclusão, as boas perguntas permitem alcançar mais velocidade e eficiência na resposta, e também liberdade para usufruir melhor das tecnologias disponíveis, e assim permitindo como na analogia do carro, alcançar todo o seu potencial.
Quer saber mais sobre colaboração e interação com IA generativa, procure em sites de busca, pergunte a algum consultor estendido de IA generativa ou fale com um consultor humano. Aproveitando, é importante destacar que este artigo foi gerado de forma tradicional como “produto orgânico”, ou seja, sem “adição (conhecida) de inteligência artificial”.
Ótima jornada aos homo sapiens e também na convivência com o “homo artificialis”, essa nova espécie em evolução.
Henrique C. Marianohttps://www.linkedin.com/in/hcmariano/